Venâncio Mondlane e Aliados Acusados de Tramar Ataque à Residência Presidencial em Moçambique

Venâncio Mondlane e Vitalo Singano

Venâncio Mondlane e Líderes da Oposição Acusados de Planejar Ataques para “Alteração Violenta” do Estado Moçambicano

O candidato presidencial Venâncio Mondlane e Vitalo Singano, presidente do partido Revolução Democrática (RD), estão no centro de uma investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) moçambicana por suposta conspiração para cometer crimes contra a segurança do Estado. A acusação inclui a preparação de ataques a unidades militares, destruição de infraestrutura estratégica e uma tentativa de atacar a residência oficial do Presidente da República, durante os protestos de 7 de novembro de 2024.

Plano de Conspiração e Alvos Estratégicos

Segundo a PGR, a investigação revelou um plano coordenado envolvendo militares na reserva e outros membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS), com o objetivo de criar instabilidade generalizada. O plano teria incluído o uso de explosivos caseiros para destruir a Estrada Nacional EN1, impedindo reforços militares, e um ataque à Ponta Vermelha, residência oficial do Presidente.

O dia 7 de novembro marcou uma manifestação convocada por Mondlane, em protesto contra os resultados das eleições gerais, que atribuíram vitória ao candidato da Frelimo, Daniel Chapo. A marcha gerou confrontos violentos e caos em Maputo.

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Prisão e Investigação

No âmbito deste caso, três pessoas foram detidas, incluindo Vitalo Singano, que permanece em prisão preventiva. Outros acusados, como Mondlane, permanecem a monte. Segundo a PGR, as acusações incluem conspiração para crimes contra a segurança do Estado e tentativa de alteração violenta do Estado de direito.

Protestos e Consequências

Entre 13 e 17 de novembro, manifestações em contestação aos resultados eleitorais resultaram em 25 mortes, 26 feridos por disparos e 135 detenções, segundo a plataforma eleitoral Decide. Os protestos intensificaram-se após a divulgação de resultados que deram 70,67% dos votos a Daniel Chapo, enquanto Mondlane obteve 20,32%.

Mondlane mantém sua posição de não reconhecer os resultados, enquanto o Conselho Constitucional ainda analisa o contencioso eleitoral sem prazo definido para validação oficial.

Impacto Político

As acusações contra Mondlane e outros líderes da oposição aumentam as tensões políticas em Moçambique, que enfrenta uma crise de confiança no processo eleitoral e crescentes divisões internas.

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